sábado, 23 de novembro de 2013

Repensando o Natal (Parte 1)

Li recentemente uma frase que achei muito interessante, e que diz: “Quando todos pensam iguais, é porque ninguém está pensando”. Gostaria de aplicar essa frase para o Natal e dizer que as atuais práticas natalinas têm sido pouco, ou nada pensadas. O que temos visto é uma constante reprodução cega daquilo que a sociedade e a mídia querem nos empurrar “goela abaixo”, ou seja, um pacote de lendas, mitos e mentiras.
O nascimento de Jesus, também chamado de Natal, é uma das datas mais belas para Igreja do Senhor Jesus comemorar e celebrar. Saber que o Verbo Eterno se fez carne a habitou entre nós é algo maravilhoso. Por isso, o povo de Deus precisa deixar de lado as falácias natalinas e abraçar o verdadeiro Natal.
Para nos ajudar a repensar o Natal, precisamos rever o significado de alguns símbolos que fazem parte dessa data e que podem compor nossas ornamentações. Vejamos alguns:
Arranjos Secos: Sementes ou cachos secos são usados na comemoração natalina. Eles expressam que sem Jesus não há vida. Assim, recomenda-se usá-los no início das ornamentações natalinas para ilustrar que sem Jesus, nosso vigor se torna em sequidão de estio.
Guirlanda ou coroa: Muito conhecida e usada nas portas, é composta por uma ramada verde arranjada em forma circular, envolta em fitas vermelhas e pode ser adornada com quatro velas (ou luzes). Nesse contexto, o verde simboliza vida e esperança; a forma circular aponta para a eternidade de Deus, sem começo e sem fim; as velas ou luzes representam as manifestações de Deus na história da humanidade, especialmente o nascimento da maior de todas as luzes; a fita vermelha representa a aliança de Deus com seu povo selada pelo sangue de Cristo.
Sinos: Ao longo da história os sinos têm sido usados como avisos sonoros de alerta ou convocação. Para o Natal eles representam um aviso de que nasceu o Salvador e uma convocação a todos os povos, juntos, virem adorá-lo.
Velas ou Luzes: Representa Jesus como a luz do mundo que dissipa todas as trevas. A vela, em especial, nos oferece uma ilustração ainda melhor, pois ao iluminar ela se consome. Assim foi a vida de Jesus, para que a sua luz pudesse brilhar em corações pecadores, ele morreu por nós.
Árvore de Natal: A primeira Árvore de Natal iluminada foi usada por Martinho Lutero e sua família na comemoração de Natal de 1525. Mas elas já eram usadas antes. Alguns condenam o uso da Árvore de Natal dizendo que ela remete ao culto pagão à Astarote. Acusação injusta, pois a Árvore de Natal não possui nenhuma ligação com culto pagão. Para nós Cristãos, ela tem um significado maravilhoso, uma vez que normalmente se usa árvores como o pinheiro, que está sempre verde, mesmo em tempos secos. Isso nos mostra que em Jesus sempre há vida e as bolas decorativas penduradas na árvore nos falam dos frutos da nossa união com Cristo.
Presépio: Talvez seja um dos símbolos natalinos usados da forma mais enganada. Pois ao invés de representar o que a Bíblia diz sobre o nascimento de Jesus, representam aquilo que as crendices populares falam. (Para maiores explicações veja a Próxima postagem sobre Esclarecimentos Natalinos). Porém, sendo retirados os elementos lendários, o presépio nos fala da humildade e humanidade de Cristo. Pois mesmo sendo Deus, despiu-se de sua glória e fez-se homem, nascendo da forma mais simples possível.
Mesmo com símbolos tão belos em aparência e significado, o Natal, muita das vezes, tem sido esvaziado do seu verdadeiro sentido e enxertado de pacotes coloridos, Papai Noel, festas onde se promovem glutonaria e bebedices. Pais que talvez nunca se assentaram com seus filhos para ensiná-los a orar e buscar a presença de Deus, nesses dias de Natal gastam horas ensinando seus filhos a escreverem cartinhas para o Papai Noel.
Vamos reaprender o verdadeiro sentido do Natal e aproveitar os símbolos natalinos para levarmos a mensagem do Evangelho para os nossos parentes e amigos, pois ao explicar os significados dos símbolos, estaremos apontando para Jesus, o verdadeiro sentido do Natal.

Baseado na Obra de:

FONSECA, Salvador Moisés da. O Natal e sua celebração: história e simbologia. Patrocínio: CEIBEL. 2001. 3ª Ed. 20p.

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